Cidadão José Marques de Melo: esposo, pai e avô Nascido em Palmeira dos Índios (Estado de Alagoas), fez os estudos de primeiro grau no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e no Ginásio Santana (Santana do Ipanema) e de segundo grau nos Colégios Batista Alagoano (Maceió) e Americano Batista (Recife). Obteve os títulos de Bacharel em Jornalismo (Universidade Católica de Pernambuco, 1964), Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais (Universidade Federal de Pernambuco, 1965), Pós-Graduação em Ciências da Informação Coletiva (Ciespal, Quito, Equador, 1966). Docente-fundador da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (Eca-Usp), ali obteve os títulos de Doutor, Livre-Docente, Professor-Adjunto e Professor Catedrático de Jornalismo. 

Primeiro Doutor em Jornalismo titulado por universidade brasileira (1973) foi agraciado com bolsa de pós-doutorado da Fapesp para realizar estudos avançados de comunicação nos Estados Unidos, onde contou com o respaldo acadêmico do Consórcio Universitário do Meio-Oeste, integrado pelas universidades de Wisconsin, Minesotta, Indiana, Illinois e Michigan (MUCIA) durante o ano acadêmico 1973-1974. Posteriormente, recebeu bolsa de estudos do CNPq para desenvolver estudos na Universidade Complutense de Madrid (Espanha), durante o ano letivo de 1988. Estudou com figuras notáveis como Luiz Beltrão, Amaro Quintas, Manuel Correia de Andrade, João Alexandre Barbosa, Pe. Mosca de Carvalho, Cleofas de Oliveira, Nilo Pereira, Nelson Saldanha, Costa Porto, Sanelva de Vasconcelos, Potiguar 7 Alocução proferida pela professora Maria do Socorro Nóbrega, Professora-Doutora da Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo, quando da outorga do Título de Professor Emérito da Escola de Comunicações e Artes ao professor José Marques de Melo. Matos, Bruce Westley, Malcolm Mac Lean, Henry Goodman, Wayne Danielson, Joffre Dumazedier, Lacques Leauté, Edmond Jansens, Maurice Hankard, Antonio Garcia, Felipe Santuentes e Manuel Calvo Hernando, entre outros. 

Nos ensinamentos desses mestres Marques de Melo encontrou a mola propulsora e a base acadêmica que deram impulso e referencial sólido necessário para sua notável atuação acadêmico-profissional. Casado com Maria Silvia Briseno Marques de Melo há mais de 40 anos, têm dois filhos, Silvana e Marcelo e três netos, Gabriel, Arthur e Beatriz. Atualmente seu tempo é dividido entre as diversas atividades que realiza e a grande paixão que tem pela família8 . (...) Confesso que o trabalho acadêmico roubou boa parte do tempo que deveria ter dedicado à família. Felizmente minha mulher vem me acompanhando nas constantes viagens que faço pelo Brasil e pelo Mundo. Mas tenho estado ultimamente à procura do tempo perdido (...). Cada vez mais me reencontro com os familiares, recuperando o prazer da vida privada9 . É impossível falar de José Marques de Melo sem tecer elogios à sua trajetória acadêmica, sua significativa contribuição para os estudos de jornalismo e à sua atuação junto à comunidade acadêmica da comunicação. Como disse uma vez Antonio de Barros, um amigo comum, ao professor José Marques de Melo se pode atribuir o verso de Geraldo Vandré: “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. E para finalizar, “como ninguém escolhe o papel histórico que deve representar, (...) o de José Marques, consistiu em abrir caminho no Brasil para que se discutissem as complexas problemáticas da comunicação e dos media e para que se colocassem à prova seus instrumentos de descrição e análise10”. Encerro agradecendo a oportunidade que ele me propiciou de estar ao seu lado nesses anos de convivência acadêmica e reforçar que mais que seus ensinamentos, minha escola foi principalmente amparada em seus exemplos.

A Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) entregará títulos “honoris causa” a dez personalidades nesta quinta-feira, 20.08.2015, às 19h, no Campus I, em Arapiraca, entre as quais jornalista Audálio Dantas, o antropólogo Dirceu Lindoso, o historiador Douglas Apratto Tenório, o jurista Hermann Baêta, o biólogo José Geraldo Marques, o jornalista José Marques Melo, a antropóloga Luitigarde Cavalcante, o advogado Marcelo Lavenére Machado, o professor Moacir Palmeira e o historiador Moacir Santana.

A concessão da honraria foi decidida pelo Conselho Universitário da Uneal, e o reitor Jairo Campos afirmou que os agraciados dignificam a ciência e o saber brasileiros pela trajetória de vida de cada um e pela obra que produziram ao longo de suas carreiras, exemplo para gerações futuras.

Doutor “honoris causa” é o título atribuído a personalidades pelo saber ou pela atuação em prol das artes, das ciências, da filosofia ou das letras. No latim quer dizer “por causa de honras”.  É a distinção máxima acadêmica concedida por uma instituição universitária, pelo reconhecimento público, para distinguir pessoas que pelo valor da obra realizada enriquecem a vida social e cultural  do país.

Em 30.06.2017 recebeu o Título de Cidadão Honorário por Santana do Ipanema, haja vista que é natural de Palmeiras dos Índios, mas viveu e cresceu em Santana do Ipanema.